Como na Alemanha, onde reside minha filha Aline, é escassa a mão de obra braçal, tipo, faxineira, babá etc, geralmente eles utilizam os serviços do pessoal do chamado leste europeu: poloneses, russos e outros.
Quando a jovem faxineira russa, se demitiu para prosseguir os estudos, Aline lamentou porque era boa faxineira e gostava das crianças.
Porém, logo, ela arrumou outra russa, dessa vez já avó que além de gênio bom, mostrava bons serviços e além de tudo, tocava piano! - como a maioria dos russos que sabem tocar algum instrumento.
Outro dia, Aline me pediu a letra de uma música que a russa adora: "Besame Mucho" no original em espanhol.
Assim que enviei pelo e-mail, me contou que no mesmo instante, a russa sentou-se ao piano, tocou a melodia "Besame Mucho" e pediu que Aline cantasse.
Daqui onde estou, a 10.000 km de distância, imaginei a cena das duas ao piano, tal como mãe e filha, cantando alegremente, ao iniciar o dia.
Creio que são cenas inimagináveis para nós brasileiros, e quero compartilhar esse momentinho terno com voces.
Diz com orgulho a Aline:"Não é chic mamãe, ter uma faxineira pianista que de vez em quando dá uma audiçãozinha?"

Explorar conceitos orientais que podem enriquecer e complementar o modo de viver ocidental. Compartilhar a minha experiência como nipo-brasileira inserida no contexto de duas realidades quase antagônicas. A arte de viver bem pode ser aprendida. Através dos kanjis - ideogramas japoneses - que existem há cinco mil anos, você será despertado para conceitos de bem viver e sucesso. Minha missão é integrar as duas culturas. Este intercâmbio salutar enriquece ambas as partes.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Viagens de Sensações - parte 1 - LISBOA "Naquela mesa"
Caminhando pela velha Lisboa, de calçadas de pedrinhas portuguesas reluzentes pelo uso e escorregadias, chegamos ao Café e Restaurante "Martinho da Arcada", frequentado por Fernando Pessoa.
José Saramago - prêmio Nobel de Literatura - também rendeu-se ao encanto do lugar aconchegante, como atestam as fotos nas paredes.
Dentre as fotos, uma me chamou a atenção porque era um poema de Fernando, escrito à mão. Comecei a ler em voz alta, em pé, defronte ao quadro, soletrando algumas palavras quase inelegíveis, quando um senhor que almoçava na mesa abaixo do quadro, recitou o poema inteiro decor. Surpresa, perguntei: "Como o senhor sabe o poema inteiro?", ele me respondeu: "Eu almoço e janto Fernando Pessoa, isso aqui é minha vida". Percebi que era o dono do restaurante. Um português simpático, que morou uns tempos no Rio de Janeiro e estava almoçando para minha surpresa, uma "feijoada"!
Quando pedi licença para me sentar e prosear um pouco, me disse: "Por favor, sente-se naquela mesa de mármore. É ali que Fernando sentava".
Engraçado que só pelo fato de saber que tão ilustres figuras estiveram alí sentados, fui invadida por um sentimento inexplicavelmente gostoso, uma sensação de como estivesse conhecendo um lugar mágico, como um pedacinho do céu...
"Naquela mesa" me sentei, cônscia da abenção por ali estar e deixei-me "estar" e "divagar".
Graças ao amigo lisboeta João Vieira dos Santos que programou um roteiro logisticamente perfeito, de caminhada pelo Centro Histórico de Lisboa sem muito esforço, findando sabiamente, para nosso deleite, em uma Cervejaria, a "Cervejaria Trindade", primeira cervejaria de Lisboa e para fechar com "chave de ouro", saborear uma cerveja cheia de histórias. Interessante que era um antigo Convento de Freiras e me lembrei de uma frase de Eça de Queiroz, em sua própria terra. Como ele diria, eu e o João estavamos " trocando o Templo pela taverna".
Matamos a sede com um pouco de histórias do convento.
Ainda lembrando o grande escritor, que segundo a geometria, a distância mais curta entre dois pontos é uma linha reta, mas que se achar que para ir da "Baixa", até a Cervejaria Trindade me saia mais direito e breve rodear pelo Bar do "Nicola" onde frequentou Eça de Queiroz e Du Bocage, a casa onde nasceu Fernando Pessoa e o "Bar Brasil" de Fernando e JK, declararia à secular geometria - que a distância mais curta entre dois pontos é uma curva vadia e delirante.
José Saramago - prêmio Nobel de Literatura - também rendeu-se ao encanto do lugar aconchegante, como atestam as fotos nas paredes.
Quando pedi licença para me sentar e prosear um pouco, me disse: "Por favor, sente-se naquela mesa de mármore. É ali que Fernando sentava".
Engraçado que só pelo fato de saber que tão ilustres figuras estiveram alí sentados, fui invadida por um sentimento inexplicavelmente gostoso, uma sensação de como estivesse conhecendo um lugar mágico, como um pedacinho do céu...
"Naquela mesa" me sentei, cônscia da abenção por ali estar e deixei-me "estar" e "divagar".
![]() |
Trio na mesa de mármore |
Matamos a sede com um pouco de histórias do convento.
Ainda lembrando o grande escritor, que segundo a geometria, a distância mais curta entre dois pontos é uma linha reta, mas que se achar que para ir da "Baixa", até a Cervejaria Trindade me saia mais direito e breve rodear pelo Bar do "Nicola" onde frequentou Eça de Queiroz e Du Bocage, a casa onde nasceu Fernando Pessoa e o "Bar Brasil" de Fernando e JK, declararia à secular geometria - que a distância mais curta entre dois pontos é uma curva vadia e delirante.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Momento família
Meu filho Bruno, logo pela manhã, me disse:
Bom dia, mamãe! Que tal um presentinho?
Estou oferecendo para você e para o papai, um jantar onde vocês quiserem. Eu recebi este prêmio pelos números de vendas alcançado pela equipe que eu coordeno. Então, ao invés de eu usar, quero dar de presente aos meus pais.
Eu ponderei: Os méritos são seus, nada mais justo que você usufruir do prêmio!
Me respondeu: Tudo que sou, devo a vocês! Escolham um lugar bem legal. Vou precisar apenas da Nota Fiscal, para ser reembolsado. Espero que tenham ficado felizes!
A mãe escreve para o filho porque não consegue falar (está chorando de emoção)Filho, isso não é um presentinho! É um presentão".
Para os pais, o bom desempenho de um filho nos estudos, no trabalho e na sociedade já é um presente. E quando esse filho oferece o seu prêmio a seus pais, é uma dádiva de Deus!.
Estou emocionada, chorando e agradecendo por você existir e ser meu filho.
Que Deus continue abençoando-o sempre.
Eu confio no seu futuro maravilhoso. Tenho absoluta certeza disto.
Um beijo e um abraço ,
De sua mãe.
Nota: Isto aconteceu em 2006. Hoje êle está em missão longe de casa, fazendo o que gosta e o que era seu sonho de menino.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A Ginjinha
Na foto do perfil, faço um brinde a você com a "Ginjinha" - famosa bebida de Lisboa - que é um licor de uma fruta semelhante à cereja. Doce lembrança de momentos inebriantes passeando por lugares por onde andaram meus três mestres da literatura portuguesa que admiro: Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e José Saramago.
Veja a poesia singela, referindo-se a tal gostosura que estava escrito na porta da casa "A Ginjinha". Me enterneceram tanto que fiz questão de anotar...
Veja a poesia singela, referindo-se a tal gostosura que estava escrito na porta da casa "A Ginjinha". Me enterneceram tanto que fiz questão de anotar...
"É mais fácil com uma mão dez estrelas agarrar, fazer o sol esfriar, reduzir o mundo a grude, mas ginja com tal virtude, é difícil de encontrar".
domingo, 12 de setembro de 2010
Origem do nome do blog
GUERREIRA: somos todas nós, mulheres de múltiplos papéis diários: filha, mãe, esposa, amante, dona de casa, profissional e algumas avós, como eu. Mulheres que enfrentam tudo com decisão e coragem e assumem com competência todas as funcões.
SAMURAI - Porque sou de origem japonesa e simpatizante do BUSHIDO - Caminho do Guerreiro - que compreende os valores eternos: honestidade e justiça, cortesia, coragem heróica, honra, compaixão, sinceridade, dever e lealdade.
Assim fui chamada pelo amigo e editor Tagore quando corremos juntos para em 1 mes e meio, escrever, editar e lançar o livro "Colhendo ouro com as mãos" sobre a imigração japonesa no Brasil, em 2008 ano do Centenário da Imigração. Trabalhando até nos fins de semana, ele dizia; "Você é uma verdadeira GUERREIRA SAMURAI!".
SAMURAI - Porque sou de origem japonesa e simpatizante do BUSHIDO - Caminho do Guerreiro - que compreende os valores eternos: honestidade e justiça, cortesia, coragem heróica, honra, compaixão, sinceridade, dever e lealdade.
Assim fui chamada pelo amigo e editor Tagore quando corremos juntos para em 1 mes e meio, escrever, editar e lançar o livro "Colhendo ouro com as mãos" sobre a imigração japonesa no Brasil, em 2008 ano do Centenário da Imigração. Trabalhando até nos fins de semana, ele dizia; "Você é uma verdadeira GUERREIRA SAMURAI!".
Assinar:
Comentários (Atom)